Obesidade afeta o cérebro
- projetacomunicacao1
- 9 de nov. de 2023
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Sabemos que pacientes obesos têm mais tendência a desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares. Agora, novas pesquisas apontam uma relação entre obesidade e danos cerebrais. Os estudos demonstram falha na regulação do apetite como principal dano ao cérebro. Como resultado, indivíduos obesos apresentam perda de memória, propensão à doença de Alzheimer e deficiência cognitiva.
Uma das pesquisas mais recentes, realizada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em parceria com a USP, comparou adolescentes obesos e não obesos. Em adolescentes obesos foram observadas falhas no movimento das células de água que envolvem as fibras da parte branca do cérebro – região que afeta diretamente a sensação de saciedade. Apesar de ainda não conseguirem determinar a causa do dano, os pesquisadores acreditam que os prejuízos celulares causados pela obesidade estejam ligados às lesões.
Estudos anteriores já haviam apontado a obesidade como fator ligado a índices mais baixos de QI e a problemas de atenção. Outra pesquisa, dirigida pela Universidade de Nova York, investigou inflamações cerebrais que comprometem a tomada de decisões (possivelmente) provocadas pela obesidade. O estudo percebeu que pessoas obesas ou acima do peso apresentavam níveis mais altos de fibrinogênio, que causa inflamação; e menor córtex orbitofrontal. Ou seja: os indivíduos tornavam-se neurologicamente incapazes de comer menos.
A obesidade também afeta o hipotálamo, área do cérebro que controla a fome.
Ligações evidentes entre o IMC e o déficit de memória foram observadas em outro estudo da Universidade de Cambridge. O estudo revelou que, com o tempo, o comprometimento da memória também afeta as lembranças de experiências alimentares.
Em casos graves, alguns pacientes se alimentam instantes após uma refeição, por não lembrarem que comeram pouco tempo antes. Nesses casos, a memória também prejudica a criatividade e a imaginação. Entretanto, as sequelas na memorização não são permanentes. Para reverter o efeito, basta que o paciente perca peso.
Você sabia disso?
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